O estilo de penteado locs ganhou muita popularidade com o movimento Rastafari da Jamaica na década de 1930. Posteriormente, foi espalhado por artistas como Bob Marley. O movimento Rastafari foi altamente influenciado por ativistas, como Marcus Garvey, que acreditava que os negros em todo o mundo precisavam de se unir e voltar para a África. O imperador etíope Haile Selassie I, nascido Tafari Makonnen, também chamado Ras (rei) Tafari, considerava-se um descendente do rei bíblico David. Muitos Rastas o viam como a personificação humana do Messias.
Alguns Rastas usam as suas dreadlocks como um símbolo do "leão de Judá" encontrado na bandeira da Etiópia. Outros usam devido a passagens bíblicas que incentivam o crescimento do cabelo ou para enfatizar sua identidade negra.
O significado espiritual de locs pode ser encontrado em diferentes culturas ao redor do globo e vai até à civilização antiga. Acredita-se que os espíritos saem do corpo pela cabeça. Ao torcer e prender o cabelo, a pessoa pode ganhar uma consciência mais elevada e desenvolver todo o seu potencial como ser humano. Locs também são consideradas antenas que simbolizam uma conexão com Deus, o que permite que uma pessoa seja guiada ao longo de sua jornada de vida.
Existem diferentes teorias sobre a origem das locs. Acredita-se que as locs tiveram origem no Egito Antigo, onde foram descobertas as primeiras evidências arqueológicas de locs usando múmias. Diz-se que o comprimento das locs estava associado ao poder. A mesma razão espiritual para usar locs pode ser vista na Índia, onde os sacerdotes hindus Sadhu usam locs. Nas antigas escrituras védicas da Índia, a divindade Shiva é retratada com o denominado penteado “jaTaa”, que significa mecha de cabelo torcida. Essa crença também era evidente na Antiga Etiópia, onde se diz que os sacerdotes da religião copta já em 500 A.C. costumavam usar locs por motivos espirituais.
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